Você está aqui
‘Poder e conhecimento por mulheres’ é tema de palestra no MP em comemoração ao Dia Internacional da Mulher
“Diferenças na educação entre meninas e meninos impactam diretamente nas escolhas profissionais que as mulheres farão na sua vida adulta”. Com essa declaração, a pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), Ângela Maria Freire de Lima, abriu a palestra ‘Poder e conhecimento por mulheres’, ministrada na manhã de hoje, dia 8, no auditório do Ministério Público estadual, em Nazaré. Ângela, que é graduada em Ciências Biológicas, mestre em Botânica e doutora em Educação, complementou que a educação se diferencia sutilmente em relação aos estímulos cognitivos dados às meninas e meninos, “que repercutem futuramente em suas escolhas profissionais”. A palestra foi organizada pelo Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e da População LGBT do MP (Gedem) em parceria com o grupo de pesquisa Enlace, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), como parte das comemroações ao Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, a promotora de Justiça Márcia Teixeira, coordenadora do Gedem, lançou um material publicitário que tem como tema ‘Violência sexual é crime. Você não está sozinha: Denuncie’, cujo objetivo é orientar as mulheres sobre o que elas devem fazer caso sejam violentadas.
“É difícil falar sobre o percurso das mulheres no campo científico sem admitirmos a existência de um viés androcêntrico que, de um modo geral, se reflete no processo de produção de saberes”, destacou a pesquisadora Ângela Maria Freire. Ela apresentou dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que revelam que a presença feminina em áreas como astronomia e física no Brasil é 23% e 19% respectivamente, enquanto nos Estados Unidos é de 17% e 13% comparados aos homens. Este não seria um fenômeno restrito às ciências exatas, pois, segundo Ângela, ‘em países como Brasil e Argentina a presença de mulheres pesquisadoras é maior quando comparado a países com grande tradição científica como a Alemanha. Isso se deve em grande parte ao fato de que as brasileiras contam com a ajuda de outras mulheres como babás e mães para cuidarem dos seus filhos”, explicou.
A promotora de Justiça Márcia Teixeira ressaltou que, na carreira jurídica, a situação é similar com poucas mulheres ocupando posições de comando. “Importante ressaltar que na próxima sexta-feira, dia 11, ocorrerá a posse da promotora de Justiça Ediene Lousado e teremos pela primeira vez uma mulher na chefia da Instituição”. Na manhã de hoje também foi lançado o blog ‘Mulheres Cientistas na/da Bahia’, iniciativa da pesquisadora Suely Messeder, que integra o grupo de pesquisa Enlace. O objetivo é possibilitar que as pessoas conheçam a história de mulheres cientistas que fazem a diferença na sociedade. “O blog é interativo e permite que as pessoas entrem em contato com o núcleo responsável pelo projeto para acrescentar mais nomes à plataforma, contribuindo para a difusão do conhecimento realizado pelas mulheres”, afirmou Suely Messeder.
Crédito das fotos: HF Fotografia
Atenção, jornalista! Cadastre-se nas nossas listas de transmissão por meio da nossa Sala de Imprensa e receba nossos releases.