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'Cidadão Aprendiz' capacita 26 jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica
“Olha eu, aqui, num lugar que nunca imaginei um dia alcançar. Não podemos esquecer que o que aprendemos aqui é o começo de tudo”. A frase foi de uma integrante de um grupo formado por jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade socioeconômica que cumprem medida socioeducativa em meio aberto ou em semiliberdade ou que são egressos da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac). Ela falava do púlpito do auditório do Ministério Público estadual, no bairro de Nazaré, sob aplausos e olhares atentos e marejados, para sintetizar e reportar o sentimento dos 26 jovens beneficiados pelo projeto 'Cidadão Aprendiz: Inclusão e Oportunidade' que, na tarde de hoje, 13, receberam os certificados de participação e conclusão do curso de formação teórica e prática de assistência administrativa com informática.
A entrega da certificação encerrou a primeira etapa do projeto, viabilizado por meio de um acordo de cooperação técnica firmado em 2013 entre o MP, Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE), Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Fundac e o Município de Salvador. O curso durou dois anos, com a formação prática e teórica ocorrendo nas dependências do MP e da DPE, onde atuaram, respectivamente, 12 e 14 jovens, com apoio e orientação de equipe técnica e com a participação dos familiares. “Mudou bastante minha vida, estar dentro do MP, porque meu sonho é formar em Direito”, afirmou um dos jovens, de 20 anos. Sua colega, ao lado, 18 anos, completou dizendo que foi “uma oportunidade de conhecer muitas pessoas boas, inclusive autoridades, um aprendizado, com promotores e servidores, que abriu muito espaço para conhecer outras coisas, pessoas e lugares”.
A solenidade de encerramento foi aberta pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca), procuradora de Justiça Márcia Guedes, e conduzida pela promotora de Justiça Andreia Ariadna. O evento contou com homenagem às idealizadoras e construtoras do projeto, que receberam tulipas vermelhas e foram agraciadas, assim como o restante da plateia, por um número musical de voz e violão executado por dois dos jovens formados, que entoaram a canção 'Dona', do grupo Roupa Nova. São elas: as promotoras de Justiça Eliana Bloisi e Márcia Rabelo; a defensora pública Laíssa Rocha; a voluntária do projeto no MP, Maria Bernadete Barbosa; a representante do SRTE, Marli Costa e a procuradora do Trabalho Virgínia Sena. No discurso de homenagem, a promotora Andreia Ariadna afirmou que “uma vida que se transforma é motivo para comemorar, neste caso foram 26 vidas”. A procuradora Márcia Guedes parabenizou os jovens, agradeceu a presença de todos no evento e o empenho e dedicação dos envolvidos no projeto. “É com grande alegria que o MP recebe este público atuante em prol dos jovens em situação de vulnerabilidade”, afirmou nas boas-vindas e encerrou citando um trecho poético de Miguel de Cervantes que diz: “quando se sonha sozinha é apenas um sonho. Quando se sonha junto é o começo da realidade”. Também participaram do evento as promotoras de Justiça Karine Espinheira, que compôs a mesa, e Maria de Fátima Macedo, coordenadora do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça Cíveis Fundações e Eleitorais (Caocife), que prestigiou a cerimônia da plateia.
Fotos: Sérgio Figueiredo / Cecom-Imprensa
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