Você está aqui
MP promove evento para discutir projeto de atendimento a mulheres vítimas de violência
O Ministério Público estadual promoveu na manhã de hoje, dia 17, uma mesa-redonda para discutir o projeto ‘Mulheres em transformação: ampliando os horizontes da família’, na sede do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do MP (Gedem), em Nazaré. A abertura foi realizada pela promotora de Justiça Márcia Teixeira, coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), junto com a psicóloga Carmefran Viana Teixeira. Ela coordena o projeto que é realizado pela Faculdade Ruy Barbosa com o apoio do MP desde o 2º semestre de 2014. “Nos encontros realizamos atividades onde as mulheres revelam suas dores e utilizamos diversas estratégias como a melodia para ‘desbloquear’ o coração das participantes”, destacou a psicóloga Carmefran Teixeira. Semestralmente, são atendidas em média 20 mulheres nos grupos de reflexão e crescimento. O primeiro tem o objetivo de empoderar as mulheres frente a seus agressores e construir uma rede de apoio para que tenham consciência da violência psicológica e/ou física que enfrentaram. Já no grupo de crescimento, as mulheres têm consciência de si mesmas e reconhecem as limitações que fizeram com que aceitassem aquela situação de violência. Ela explicou que, em alguns casos, as mulheres são encaminhadas com suas famílias para o serviço de psicologia da Faculdade Ruy Barbosa para um atendimento mais individualizado.
“Além de acolher as mulheres vítimas de violência doméstica e suas famílias, o projeto é muito importante para que elas se sintam fortalecidas para enfrentarem os desafios do processo judicial. Quase 100% das participantes levam o processo judicial até o fim”, destacou a promotora de Justiça Márcia Teixeira. Na ocasião, a psicóloga Luana Silva apresentou os desafios do projeto e explicou a dinâmica dos grupos. Já a psicóloga Luciana Melo falou sobre a temática da violência contra a mulher, ressaltando que há uma complexidade no estudo e compreensão, que leva a uma dificuldade em seu enfrentamento na sociedade. Ela apresentou ainda alguns fatores que provocam a violência contra a mulher como a valorização do homem e a existência de um modelo patriarcal que defende que a mulher deve ser sempre submissa. “Precisamos provocar uma transformação cultural e definir novos padrões de relacionamento entre homens e mulheres”, afirmou. Estiveram presentes servidores do MP, sociólogos, advogados, assistentes sociais, representantes de Organizações Não-Governamentais e estudantes.
Atenção, jornalista! Cadastre-se nas nossas listas de transmissão por meio da nossa Sala de Imprensa e receba nossos releases.